É difícil escrever alguma coisa quando quase não se tem nada a escrever, pois bem, quem sabe alguma coisa aflora neste meu cérebro desprevenido de pensamentos e de acontecimentos, creio que se tudo que eu falasse comido mesmo fosse geralmente gravado, estaria certo de que teria muita coisa para postar aqui, pois gosto muito de falar as coisas para que eu mesmo ouça. Paro um pouco e tento lembrar de algo ou até mesmo criar um texto ficcional, mas ... meus caros colegas são "ócios do oficio", ou melhor da mente mesmo, se é que me entendem. Pensando bem, consigo enxergar um vago resquício de memória...
... estava eu no ônibus um dia destes indo para Santana, um bairro aqui em São Paulo, quando me deparei com uma leva jovens saindo de suas respectivas escolas, vendo isto pensei que menos de cinco meses atrás eu era um deles, e bateu uma saudade imensa dos meus tempos de escola. Quem lê estas linhas mal feitas pensa que sou um cara velho que fica lamentando a sua senilidade discutindo suas memórias estudantis, saibam que tenho somente 18 anos, mas uma coisa latente em mim é sentir saudades de tudo, até mesmo dos tempos em que eu não era mais que um ser inexistente, ou seja, sinto uma nostalgia divagante ligada à épocas distantes e até mesmo muito remotas.
Sou uma pessoa muito ligada em objetos antigos, histórias de outras épocas, tempos estes que em nada fazem lembrar o presente momento, aprecio as coisas que me fazem viajar em um passado, gosto de pedras e rochas, até desde pouco tempo atrás estava decidido em fazer geologia, uma idéia que perdurou desde a 4a. série, mas que definhou por causa da falta de coragem em enfrentar a química, matemática e física, gosto de geologia porque ela me causa um espírito desbravador e ao mesmo tempo autodidata, pois quem se torna um pesquisador sempre vai em busca de seus próprios conhecimentos para desenvolver um trabalho que dependerá de sua total responsabilidade, mas enfim, gosto também de selos, até tenho alguns mas nada em caráter de coleção, gosto de livros, isso não há duvidas, as histórias que mais me fascinam são as histórias de cavalaria da Idade Média, histórias de reis, rainhas e nobres, de homens peregrinos, etc, gosto de ver nos livros um leque aberto para uma visão cinematográfica, pois é constante minha busca de atores e atrizes para compor o elenco de personagens dos romances que leio, acho que isso deve ser comum entre as pessoas que gostam de ler. Gosto de tudo que cria uma vazão e me faz distanciar-se do mundo contemporâneo, podendo ser uma música, um livro, um filme. Por falar em filme, há algumas semanas atrá eu aluguei algumas fitas de vídeo, sendo: "As Lendas da Paixão", já o assisti umas seis vezes, é um dos filmes mais belos que já assisti até agora e é um dos que eu mais gosto também, justamente por ser triste, gosto de filmes assim; "Planeta do Tesouro", é uma animação muito divertida baseada na obra do autor da Ilha do Tesouro, não me recordo seu nome agora, uma versão intergaláctica desta obra grandemente fantástica; "As Pontes de Madison", que não deu tempo de assistir; "Pocahontas", um dos primeiros filmes que aluguei quando meu pai comprou o vídeo aqui de casa, é um desenho muito bem feito, mostra a imponência da cultura indígena dos norte-americanos e de certa forma nos faz refletir o baque causado pelo encontro de tais culturas, fazendo-nos pensar como a vida dos indígenas foi alterada desde então; "O Senhor dos Anéis: As Duas Torres", não sei se foi uma falta de observação minha mas, cadê as Duas Torres? Não as vi, elas estavam lá? Mas mesmo assim gostei mais deste do que do primeiro! Fazendo um balanço final dos filmes: valeu a pena!
Enfim, imaginando viver em uma época que não foi minha, fico pensando como as pessoas viviam no passado, seus comportamentos, seus sonhos, seus empreendimentos, suas riquezas, quando leio alguns livros, assisto a filmes e guardo meus selos, muitos dos quais foram presentes de uma velha amiga, Ingrid, assim fico imaginando em tudo isso como teria sido o mundo de outrora.
Finalmente vou vivendo nessa constante busca do passado...
Até mais pessoal ...

postado por Kleiton 2:47 AM .::.

Imagem de "O Pianista"

Resolvi colocar este som de fundo "Nocturne, Opus 9", que é um midi feito a partir desta sublime composição do músico célebre Frederic François Chopin, optei por uma composição gostosa e relaxante, creio eu que ela torna um pouco mais agradável a visita, pois adoro a obra de Chopin e cada vez mais quero deixar este blog com a minha cara, com minha personalidade um tanto solitária e com a minha visão do mundo um tanto nostálgica. Espero que vocês apreciem este belíssimo midi, que na verdade nem ao menos se parece com um, pois sua qualidade é muito boa.
Procuremos conhecer a obra deste célebre homem, que foi e sempre será um dos maiores compositores de todos os tempos, pois suas criações parecem invadir a alma e alcançar o íntimo de cada um de nós, não sei se vocês conseguem sentir isto, mas é uma sensação tão introspectiva que temos quando deixamo-nos levar pela batida suave e concentrada do piano.
Quando ouço uma música procuro achar um cenário ideal para poder me deixar levar por ela, a imagem que me vem a mente quando ouço as composições do Chopin, é um lugar aconchegante como se fosse um bar, com sua luz tímida e bruxuleante, paredes de cores fortes como a cor do vinho, um lugar com poucas pessoas e uma bebida forte que nos faz viajar em nossos pensamentos e enxergar espectros ao relento, um ambiente carregado pela música de um pianista descarregando notas em um piano de cauda, tocando uma balada triste e solitária, como se ele estivesse inebriado por uma forte dor na alma, dor esta que tomasse o ambiente e todo o cenário presente, com suas cores escuras, pessoas desiludidas e vagamente distantes de suas verdadeiras condições, um lugar com bebidas fortes e um ambiente de fuga, enfim, tão suave esta música me é, que só me faz buscar um ambiente sobrecarregado de sentimentos inebriados.
Chopin é muito especial para mim ...

Até mais ...

postado por Kleiton 2:02 AM .::.